Iluminação em Tetos Com e Sem Forro de Gesso
Um projeto luminotécnico depende da escolha certa das lâmpadas. Aliadas às luminárias, elas podem criar efeitos de luz que deixará seus ambientes agradáveis
É claro que as luminárias contam muitos pontos na decoração e também ajudam a criar efeitos de luz, mas, ao contrário da crença geral, elas não são as estrelas de um projeto luminotécnico. A definição mais importante se refere às lâmpadas, as verdadeiras protagonistas dessa história. A escolha correta é o primeiro passo rumo à conquista de ambientes confortáveis, com iluminação na medida. Só então chega a vez de se esbaldar entre os inúmeros spots e lustres, comprando aqueles que se adequam às lâmpadas eleitas.
Como iluminar ambientes com forro de gesso
O espaço é conjunto, mas
não pense que a iluminação pode ser geral ou abranger mais de uma área. Cada um
dos locais pede determinado tipo de luz, de acordo com o uso, portanto trate-os
isoladamente.
2. O 225701 tem spot
direcionável com moldura de alumínio (9 x 9 cm). Recebe dicroica ou AR 48,
ambas de 50 w. Sobre o balcão e a TV no estar, há lâmpadas com 10 graus de
angulação e, na cozinha e no corredor, de 60 graus.
3. Na mesa lateral vai o
abajur Krin (TYG). De alumínio com pintura na cor lavanda, oferece base de
rosca E-27 para uma incandescente de até 40 w, uma fluorescente compacta ou
LED. Mede 14 x 50 cm.
4. No estar, o efeito de “lavar a parede” atrás do
sofá é dado pela luminária No frame total ww (11,7 x 11,7 x 12,8 cm**), de aço
dobrado, com visor de vidro temperado translúcido. Para palito bipino de 100 w.
Com ou sem forro: essas dicas valem sempre
Observe
o primeiro projeto: para o efeito dirigido – quando o foco é orientado para
destacar algo – sobre a bancada, há lâmpadas de 10 graus, de facho bem fechado.
No corredor para os quartos, usou-se a mesma luminária, porém com lâmpada de 60
graus. “Quanto mais aberto o ângulo, mais a luz se espalha”, diz o arquiteto,
que ainda sugere um abajur ao lado do estofado para dar um clima intimista.
- A
cozinha pede luz geral difusa – suave e sem foco direto, gerada por um difusor,
que pode ser um vidro fosco ou acrílico –, além de pontos com lâmpadas de grau
fechado sobre as áreas de trabalho.
- O
espaço total é enxuto e aberto. Por esse motivo, não recomenda pendentes acima
do balcão, o que sobrecarregaria a decoração e atrapalharia o campo de visão.
- Em
uma área integrada, a premissa é buscar a mesma linguagem visual entre as
luminárias. “Use materiais idênticos nos produtos técnicos, como spots e
embutidos, e varie no abajur e no pendente, peças em que é possível jogar com
cores.”
- Em
locais de passagem, evite as fluorescentes: apesar de econômicas, têm sua vida
útil reduzida com o acender e apagar frequente.
- Uma
dica para ganhar aconchego está nas lâmpadas de temperaturas de cores quentes –
as de 2 700 a 3 000 kelvin (k) são mais amareladas.
1. Da
canopla à base da cúpula de tecido (30 cm de diâmetro), a estrutura de aço do
Allungare (ref. 60010) tem curvatura de 30 cm. É para duas lâmpadas
incandescentes (60 w) ou fluorescentes (23 w) com soquete de rosca E-27.
2. De
alumínio tingido de branco, a luminária de sobrepor Box luce (ref. 50701) mede
7,6 x 7,6 x 11,2 cm e foi indicada para a cozinha e o corredor. O soquete
bipino aceita halopin de 60 w ou PAR 16 (50 w).
3. A
luminária de mesa Aurora está a serviço de colorir o ambiente. Produzido em
metal com pintura vermelha, o abajur de 16 x 46 cm recebe lâmpada de 60 w e
possui soquete E-27.
4. O
plafon orientável PSL 400 (11 x 11 x 11 cm), de alumínio, tem acabamento
branco. É compatível com dicroica de 50 w, PAR 20, PAR 30, AR 70 e AR 111
(neste caso, previu-se a dicroica de 50 w).
Na sala, sem forro rebaixado, o ponto de
luz descentralizado não causou problemas: uma luminária dotada de braço desloca
a cúpula até o centro da mesa. Outra opção seria adotar um desviador – trata-se
de um acessório simples, que, fixado no teto, conduz o fio do pendente até a
posição correta.
- Todo conforto é necessário no estar.
“Vale combinar iluminação direta – que lança a claridade para baixo – com
pontual – focada em quadros e objetos”, ensina Carlos. Em ambas as situações
foram previstos spots direcionáveis, porém perceba que nenhum se volta para o
sofá, evitando ofuscamento e calor.
Escolha a lâmpada certa
FLUORESCENTES
Dividem-se entre compactas – que incluem um reator e encaixam nos
mesmos soquetes das incandescentes – e tubulares – que precisam de reator auxiliar.
consomem 80% menos energia que as incandescentes, entretanto, a maioria dos
modelos emite luz fria. Têm baixo índice de reprodução de cor, de 70% a 80% (o
irc indica a capacidade que a luz tem de exibir fielmente as cores).
recomendadas para cômodos que exigem claridade intensa e constante, como
escritórios e cozinhas.
HALÓGENAS
- Aqui estão elas: dicroica,
par, ar, halopin e palito. são as que melhor reproduzem as cores, contudo
gastam apenas 30% menos que as incandescentes. com luz amarelada, vão bem em
salas, mas como esquentam bastante, não devem ser direcionadas para sofás e
poltronas, nem usadas em muitos pontos. em quartos, se saem melhor em
luminárias com efeito difusor.
- Por ser de baixa voltagem, a dicroica
pede um transformador. Gera luz mais brilhante, pois tem um refletor
parabólico. a PAR (sigla
em português de “refletor parabólico aluminizado”), também refletora, possui um
vidro que protege a lâmpada, razão para ser usada em banheiros e jardins. a AR (sigla para “refletora aluminizada”)
apresenta facho bem definido e ofusca menos. Já a menor da turma, a halopin,
tem potência e voltagem baixas, por isso clareia cantinhos, gastando pouca
energia. A palito, ou lapiseira, joga a luz para
cima.
LED
- Sigla
em inglês para “diodo emissor de luz”. na verdade, não é uma lâmpada, mas
ilumina. Oferece tecnologia avançada, até 50 anos de vida útil (dependendo da
qualidade), economia (gasta 80% menos que as incandescentes) e boa
luminosidade. aquece pouco, tem irc de 85% e é encontrado em tonalidades e
formatos variados (de dicroica, por exemplo). combina com qualquer ambiente. O
ponto fraco está no preço, ainda alto, todavia com tendência a cair.
TEXTO DANIELLA GRINBERGAS
| REPORTAGEM VISUAL FERNANDA DE CASTRO LIMA E BIANCA DA SILVA PEREIRA (COLABORAÇÃO) | ILUSTRAÇÕES FABIO FLAKS
Fonte -casa.com.br
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